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Quando se pensa na nova geração do rock brasileiro, um nome que tem conquistado cada vez mais espaço é o Ego Kill Talent. Nascida em 2014, a banda de São Paulo já veio ao mundo com uma proposta ousada e ambiciosa: misturar o peso do rock alternativo com elementos de hard rock e metal de forma fluida e criativa. Formada por músicos experientes da cena, o grupo rapidamente chamou atenção por seu talento técnico, energia explosiva e uma fórmula que, ao mesmo tempo que reverencia os gigantes do gênero, cria algo novo e relevante.

Os bastidores da ascensão do Ego Kill Talent
Os bastidores da ascensão do Ego Kill Talent | Foto: Reprodução

O nome “Ego Kill Talent” já carrega em si a essência do que o grupo representa. Numa tradução livre, “O Ego Mata o Talento”, a banda deixa claro que, para eles, a verdadeira arte vem quando se deixa de lado as vaidades e se foca na música. O coletivo inicial incluía Jean Dolabella, ex-baterista do Sepultura, que trocou as baquetas pela guitarra e assumiu também parte das composições, e Theo van der Loo, outro ex-integrante do Sepultura, no baixo. Desde o início, a banda impressionou tanto pelo pedigree dos membros quanto pela sua sonoridade poderosa e sofisticada.

Entretanto, a jornada não foi sempre linear. Uma das mudanças mais marcantes na história da banda foi a troca de vocalista. Jonathan Dörr, a voz que inicialmente conduziu a banda e ajudou a moldar sua identidade, deixou o grupo em 2022. Sua saída poderia ter sido um golpe para muitos, mas o Ego Kill Talent soube dar a volta por cima com a chegada de Emmily Barreto, que assumiu os vocais e trouxe uma nova camada de versatilidade à banda. Emmily se adaptou de forma impressionante, preservando a essência do grupo enquanto trouxe uma interpretação vocal distinta, que expandiu ainda mais as possibilidades criativas da banda.

Ego Kill Talent se tornou rapidamente uma peça-chave no cenário rock/metal brasileiro, reconhecida não apenas pelo seu som moderno e envolvente, mas também pela sua capacidade de dialogar com públicos diferentes, indo do underground aos palcos internacionais. Sua importância para o gênero reside na forma como conseguem transitar por influências diversas sem perder a coerência, criando um som que é ao mesmo tempo familiar e inovador. Com músicas cantadas em inglês, a banda também tem um apelo global, conquistando uma base de fãs fora do Brasil, o que nem sempre é fácil para bandas brasileiras que optam por cantar em outra língua.

Entre os maiores hits da banda, “Sublimated” é uma faixa que encapsula bem o espírito do Ego Kill Talent. A canção tem uma construção intensa, que começa de forma mais melódica e explode em um refrão poderoso, mostrando a habilidade do grupo em misturar peso e melodia de maneira equilibrada. Outro destaque é “Now!”, uma música com riffs marcantes e uma batida que prende o ouvinte logo de cara, além de ser um dos pontos altos de seus shows ao vivo. “The Call” e “Last Ride” também são faixas essenciais no repertório da banda, que mostram sua versatilidade em explorar tanto momentos mais introspectivos quanto explosões de energia.

Os momentos históricos do Ego Kill Talent começaram a se acumular cedo. Uma das grandes conquistas da banda foi tocar no Rock in Rio, um dos maiores festivais de música do mundo, apenas alguns anos após sua formação. Isso, por si só, já foi um marco, mas o que realmente solidificou o Ego Kill Talent como uma força no rock brasileiro foi a sua capacidade de se conectar com grandes nomes internacionais. A banda já abriu shows para Foo Fighters, Queens of the Stone Age e System of a Down, nomes de peso que não convidam qualquer banda para dividir o palco. Essas oportunidades ajudaram o Ego Kill Talent a construir uma reputação sólida e a expandir seu público fora do Brasil, especialmente na Europa e nos Estados Unidos.

Outro ponto de destaque foi o lançamento do álbum “The Dance Between Extremes”, em 2021, que trouxe um som mais refinado e mostrou que a banda estava pronta para o próximo nível. Gravado em estúdios renomados nos Estados Unidos, o disco foi uma prova de que o Ego Kill Talent não estava disposto a ficar confinado dentro de nenhuma bolha musical. A recepção do álbum foi bastante positiva, tanto da crítica quanto dos fãs, que destacaram a capacidade do grupo de evoluir sem perder sua essência.

Agora, em 2024, o Ego Kill Talent se prepara para mais um grande momento em sua trajetória: fazer parte do line-up do Knotfest no Brasil. O festival, idealizado pelos gigantes do Slipknot, é um dos maiores eventos de metal do mundo, e a presença do Ego Kill Talent no palco é um reconhecimento da sua importância no cenário.

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