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Viola Smith, conhecida como a baterista mais rápida do mundo, foi uma pioneira tanto na percussão quanto na representatividade feminina na música. Nascida em 1912, tornou-se a primeira baterista profissional da história, desafiando os padrões de sua época e abrindo espaço para mulheres em um cenário dominado por homens. Seu talento e determinação fizeram dela um ícone de inovação e perseverança.

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Viola Smith: Uma pioneira na bateria

Com sua técnica impecável e velocidade impressionante, Viola Smith quebrou barreiras ao longo de sua carreira. Ficou famosa nos anos 1930 e 1940, tocando em grandes bandas e orquestras, como a “Phil Spitalny’s All-Girl Orchestra” e “The Coquettes“. O que realmente chamou atenção, além de sua habilidade técnica, foi o fato de se destacar em um campo amplamente dominado por homens. Sua velocidade e precisão ao tocar lhe renderam o título de “a baterista mais rápida do mundo“, e seu talento a levou a tocar em grandes eventos, inclusive para presidentes dos EUA.

Viola defendeu publicamente, desde cedo, que as mulheres mereciam mais espaço nas bandas, especialmente durante a Segunda Guerra Mundial, quando convocaram muitos músicos homens para a guerra.

A importância da representatividade feminina no rock

Viola Smith não apenas abriu portas para as mulheres no jazz e nas big bands, mas também, além disso, inspirou gerações futuras a se aventurarem no rock and roll e em outros gêneros, onde, até então, a bateria era amplamente dominada por homens. No rock, a presença feminina na bateria tem sido um símbolo de resistência e superação. Assim como Viola enfrentou preconceitos no início de sua carreira, muitas mulheres no rock tiveram que lutar por seu espaço em bandas e festivais.

Hoje, as bateristas femininas têm um papel cada vez mais importante no cenário musical, desafiando estereótipos e mostrando que o talento na percussão transcende o gênero.

As bateristas mais conhecidas da atualidade

Seguindo o legado de Viola Smith, hoje há várias bateristas que estão dominando o cenário mundial do rock e metal. Aqui estão cinco das mais conhecidas atualmente:

1. Meg White (The White Stripes)

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Meg White, baterista do The White Stripes, foi uma das responsáveis por popularizar o rock garageiro e minimalista nos anos 2000. Seu estilo simples, mas poderoso, contribuiu significativamente para moldar o som cru e enérgico da banda. Apesar de ser frequentemente subestimada por sua técnica direta, Meg se transformou em um ícone no rock alternativo, demonstrando, assim, que a bateria não precisa ser complexa para ser eficaz.

2. Cindy Blackman (Lenny Kravitz, Santana)

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Cindy Blackman é uma baterista de jazz e rock que ganhou notoriedade ao tocar com Lenny Kravitz e depois com Santana, com quem também é casada. Sua habilidade técnica é impressionante, e ela é conhecida por sua versatilidade, transitando facilmente entre jazz, rock e outros estilos. Cindy é uma das bateristas mais respeitadas da atualidade, e sua presença no palco é sempre eletrizante.

3. Jess Bowen (The Summer Set)

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Jess Bowen é a baterista da banda de pop punk The Summer Set e uma das bateristas femininas mais influentes da cena alternativa. Ela conquistou uma base fiel de fãs com seu estilo energético e presença marcante nos shows. Jess é também um exemplo de como as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço nas bandas de rock atuais.

4. Luana Dametto (Crypta)

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A brasileira Luana Dametto, baterista da banda Crypta, tem ganhado destaque mundialmente no cenário do metal extremo. Conhecida por sua técnica rápida e precisa no death metal, Luana é uma força no palco. Em 2023, ela foi indicada ao prêmio de Melhor Baterista de Metal do Mundo, uma conquista que reafirma seu lugar entre os grandes nomes da percussão. Seu trabalho na Crypta, demonstra sua habilidade em dominar um estilo altamente técnico e agressivo, abrindo espaço para mais mulheres no metal extremo.

5. Stella Mozgawa (Warpaint)

Foto: Kirl Stauffer

Stella Mozgawa é a baterista da banda Warpaint, conhecida por seu estilo experimental e atmosfera sonora única. Sua abordagem criativa à bateria, misturando ritmos suaves com intensidades imprevisíveis, trouxe uma nova textura ao indie rock e ao art rock. Stella é elogiada por sua capacidade de criar batidas que são tão emocionais quanto técnicas.

O legado de Viola Smith e o futuro das bateristas femininas

Viola Smith foi uma pioneira e, sem dúvida, sua coragem e talento abriram portas para inúmeras mulheres no mundo da música. Hoje, bateristas como Meg White, Cindy Blackman, Jess Bowen, Stella Mozgawa e Luana Dametto continuam a expandir esse legado, mostrando que o rock e o metal são espaços para todos. A representatividade feminina no rock e metal cresce continuamente, e essas mulheres provam que quem tem paixão e talento pode dominar a bateria, independentemente de gênero.

A história de Viola Smith e das bateristas que vieram depois dela é uma celebração da diversidade e do talento, lembrando-nos de que, no rock and roll, o que importa é a música e a energia que se coloca nela.

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By Tai Martins

Tai Martins, arquiteta, urbanista, cantora de karaoke e apaixonaaaaada pelo mundo da arte e do Rock! Atualmente é redatora do site Todo Dia Um Rock e responsável pelos vídeos e fotos nas coberturas de eventos.

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