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A música de The Weeknd, muitas vezes classificada dentro do R&B, tem uma essência profundamente influenciada pelo rock e pelo alternativo, o que contribui para a sonoridade única que ele criou ao longo dos anos. Desde que despontou na cena musical, Abel Tesfaye, o nome por trás de The Weeknd, deixou claro que sua conexão com esses gêneros não era apenas uma preferência, mas parte integral de sua identidade artística.

Pegue, por exemplo, o álbum “Starboy” (2016). A faixa-título, desenvolvida em colaboração com o icônico Daft Punk, é uma verdadeira fusão de elementos. Os riffs de guitarra se destacam em meio a batidas que nos remetem diretamente aos anos 80, trazendo à tona o som do new wave e do rock daquela época. O uso de sintetizadores e a mistura de instrumentos eletrônicos e orgânicos criam uma ponte entre esses mundos, onde o rock alternativo e o R&B convivem em harmonia.

Essa fusão se torna ainda mais evidente em “Repeat After Me (Interlude)”, do álbum “After Hours” (2020). A parceria com Tame Impala, uma banda conhecida por seu rock psicodélico, resulta em uma atmosfera etérea, onde os vocais distorcidos capturam o ouvinte, criando uma experiência quase hipnótica. Ainda assim, a melodia característica de The Weeknd permanece, mostrando como ele consegue integrar diferentes influências musicais de maneira natural.

Em suas apresentações ao vivo, a presença do rock é inconfundível. Guitarras elétricas e baterias tomam o palco, enquanto The Weeknd entrega performances intensas e cheias de energia, características mais comuns em shows de rock. Essa força nas apresentações reforça a fusão de estilos que ele tanto preza, trazendo uma nova dimensão à sua música.

Além das colaborações e das performances ao vivo, as letras de The Weeknd também carregam uma profundidade emocional que remete ao rock alternativo. Em faixas como “Call Out My Name” e “Blinding Lights”, ele explora temas de amor, perda e autodescoberta, sempre com uma narrativa introspectiva que toca o ouvinte de forma muito direta, uma marca registrada do rock.

Voltando ao álbum “Beauty Behind the Madness” (2015), a faixa “Shameless” destaca uma linha de guitarra acústica que se desenvolve em um crescendo dramático, lembrando baladas de rock clássico. Essa escolha mostra como The Weeknd não se limita às convenções do R&B, mas busca constantemente novas texturas e sons para enriquecer sua música.

Por fim, a estética visual de The Weeknd também revela sua conexão com o rock alternativo. Videoclipes como os de “Can’t Feel My Face” e “Heartless” não são apenas vídeos—são experiências visuais sombrias e estilizadas, que lembram o estilo dos videoclipes de rock. Essa abordagem não apenas complementa sua música, mas também reafirma sua posição como um artista que não se prende a rótulos, explorando diferentes formas de expressão artística.

Assim, a influência do rock alternativo na música de The Weeknd é uma demonstração de sua capacidade de transcender gêneros e criar algo verdadeiramente único. Ao explorar diferentes estilos e influências, The Weeknd se afirma como um dos artistas mais versáteis e inovadores da atualidade, sempre surpreendendo com cada novo projeto.

O cantor se apresenta no Brasil em 2024 com um show especial marcado para acontecer no dia 7 de setembro no Estádio Morumbis. Para mais informações basta clicar aqui.

Confira também: Como os irmãos Winchester influenciaram e moldaram uma geração de roqueiros?

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