No trigésimo aniversário de “In Utero” do Nirvana, revelações exclusivas surgem na edição expandida de “Come As You Are”. O legado de Kurt Cobain também é explorado.
Revelações da Edição Expandida: ‘Come As You Are’ lança nova luz sobre o Nirvana
Saiba mais sobre as perspectivas únicas oferecidas pela próxima edição expandida do livro “Come As You Are: The Story of Nirvana”, escrito pelo biógrafo original da banda, Michael Azerrad. A edição revisada, intitulada “The Amplified Come As You Are” e com lançamento previsto para 24 de outubro, não apenas duplica o tamanho da versão original, mas também desvenda detalhes inéditos de entrevistas conduzidas por Azerrad. Entre as correções importantes está a desmistificação do mito de que Kurt Cobain viveu debaixo de uma ponte. Além disso, a nova edição oferece profundas reflexões sobre o texto original.
No episódio mais recente do podcast Rolling Stone Music Now, Michael Azerrad analisa meticulosamente cada faixa do álbum “In Utero” em um bate-papo animado com o apresentador Brian Hiatt. Posteriormente, o empresário do Nirvana, Danny Goldberg (autor do livro de memórias “Servindo o Servo: Lembrando Kurt Cobain”), e Jim Merlis, que atuou como publicitário do Nirvana em 1993 e 1994, compartilham suas valiosas lembranças.
Aqui estão os destaques do que descobrimos até agora. Para obter informações completas das entrevistas, basta acessar seu provedor de podcast preferido, ouvir no Apple Podcasts ou Spotify ou pressionar play no player acima.
Kurt Cobain e Dave Grohl: Uma Relação Complexa e Icônica
Uma revelação notável é o fato de que Cobain apreciava ironicamente chamar Dave Grohl de “o garoto mais bem ajustado que conheço”, conforme revelado por Azerrad. “Acredito que Kurt, em parte, estava brincando com Dave devido à sua personalidade equilibrada e normal”, sugere Azerrad. “Dave era conhecido por ser uma pessoa popular e bem adaptada, características que talvez Kurt não possuísse. Além disso, Kurt experimentava sentimentos de ciúmes em relação a Dave, já que Dave tinha sua vida mais organizada.”
Uma interpretação intrigante emerge da referência a “vergonha da espuma marinha” na música “Todas as desculpas”. Azerrad especula: “Eu pensei que talvez fosse uma referência a estar em um hospital, com todas aquelas paredes sem graça cor de espuma, e ele está se sentindo envergonhado por estar lá devido ao seu vício em drogas.”
Além disso, identificamos influências notáveis de outras bandas em duas faixas do álbum “In Utero”. O riff principal da música “Very Ape” apresenta semelhanças com a faixa “Kanishka” da banda argentina Los Brujos, que teve a oportunidade de abrir para o Nirvana. Em outro ponto, “Milk It” evoca paralelos com “It’s Shoved” dos Melvins, demonstrando a diversidade de influências que permeiam o trabalho do Nirvana.
O legado criativo de Cobain também é abordado, com seu questionamento sobre a necessidade do Nirvana para continuar fazendo música. Goldberg relembra: “Ele perguntou se precisava do Nirvana para poder fazer discos. E eu disse: ‘Não, você não precisa, e não precisa escolher. Você pode fazer ambos. Muitos artistas realizam projetos paralelos solo e também trabalham com suas bandas. Essa sempre foi a minha visão do futuro. Ele não queria se repetir criativamente.”