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Na noite de sexta-feira, 16 de maio de 2025, o Palaye Royale fez sua aguardada estreia em solo brasileiro com um show no Carioca Club, em São Paulo. Com casa cheia e fãs entusiasmados, o grupo entregou uma apresentação marcada por intensidade, carisma e domínio de palco.

Palaye Royale estreia no Brasil com show energético e forte conexão com o público
Palaye Royale estreia no Brasil com show energético e forte conexão com o público

Formado pelos irmãos Remington Leith (vocais), Sebastian Danzig (guitarra) e Emerson Barrett (bateria), o Palaye Royale surgiu em 2008, inicialmente com o nome Kropp Circle. Com influências que transitam entre o glam rock dos anos 1970, o punk garageiro e elementos visuais do fashion-art rock, a banda construiu uma carreira consistente ao longo de cinco álbuns e diversas turnês internacionais.

Para a apresentação em São Paulo, a ausência do baterista Emerson Barrett por problemas com documentação ao sair da Argentina não comprometeu a performance. O trio adaptou o show, mantendo a energia e estrutura intactas em um dos palcos mais tradicionais da cena alternativa brasileira.

Abrindo com “You’ll Be Fine”, do álbum Boom Boom Room (Side B) (2018), o grupo logo estabeleceu conexão com o público, que respondeu à altura cantando em uníssono. Sebastian Danzig desceu à grade para tocar junto aos fãs, reforçando a proposta de interação direta, algo que se repetiria ao longo da noite.

A faixa “Death or Glory” veio na sequência, seguida por “No Love In LA” e “Little Bastards”. Em “Just My Type”, a produção trouxe balões gigantes, inserindo elementos de espetáculo visual à performance. A combinação entre música e encenação tem sido parte central da identidade da banda, especialmente nas turnês pós-Fever Dream (2022).

Um dos momentos mais marcantes foi durante “Showbiz”, quando Remington Leith subiu em um bote inflável e literalmente navegou pela plateia. A interação chegou ao ápice, evidenciando a disposição do grupo em ir além do convencional. Poucas vezes se viu um show com uma banda tão afim de fazer acontecer, mesmo em condições adversas.

O repertório alternou faixas recentes e clássicos de sua discografia. “Broken”, “Hang on to Yourself” e “Dying In A Hot Tub” mantiveram o ritmo, enquanto “Fucking With My Head” trouxe uma pausa para que Sebastian comentasse sobre os desafios logísticos que adiaram a vinda da banda ao Brasil. Ele e Remington reforçaram a conexão pessoal com o país, lembrando que parte da família materna tem raízes brasileiras.

A sequência final do setlist incluiu “For You”, “Lonely” com introdução solo de Remington ao piano e “Fever Dream”, dedicada à avó e à mãe dos integrantes. A performance culminou com “Mr. Doctor Man” no encore, encerrando com a plateia dividida ao meio para que o vocalista atravessasse cantando em mais um gesto teatral e imersivo.

A noite serviu como confirmação de que o Palaye Royale domina os códigos do show ao vivo moderno. Visual marcante, presença cênica, repertório sólido e sensibilidade para criar vínculos reais com a plateia. Ao final, o grupo prometeu voltar em breve. Diante da recepção calorosa e da performance entregue, esse retorno parece apenas uma questão de tempo.

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