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A essência negra no rock e a força do Black Pantera.

Não se pode falar sobre a história do rock sem reconhecer suas raízes negras. Esse gênero, que mudou o cenário musical global, surgiu da mistura de ritmos africanos, blues, gospel e R&B. E quem foi a pioneira que plantou as sementes desse som revolucionário? Sister Rosetta Tharpe, uma mulher negra com talento na guitarra elétrica e uma voz poderosa, definiu o rock and roll. Antes de Elvis ou Chuck Berry, nos anos 1930 e 1940, ela já misturava gospel e blues em performances que moldaram o som das gerações futuras.

A cultura negra não só deu origem ao rock, mas também impulsionou movimentos culturais e musicais que transformaram a sociedade. Do jazz ao hip-hop, passando pelo soul e funk, as inovações negras na música sempre foram símbolos de resistência, resiliência e transformação. Essas contribuições, além de enriquecerem o cenário musical, também criaram novas formas de expressão para comunidades marginalizadas.

Conquistas negras que mudaram o mundo

A história está cheia de conquistas realizadas por homens e mulheres negros que deixaram um legado duradouro. Nos direitos civis, figuras como Martin Luther King Jr. e Rosa Parks lideraram movimentos que desafiaram o status quo e lutaram pela igualdade racial. Na música, além de Sister Rosetta Tharpe, Jimi Hendrix, James Brown e Nina Simone redefiniram limites e influenciaram incontáveis artistas por décadas.

Na ciência, Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson — as “Hidden Figures” — quebraram barreiras na NASA, contribuindo para as conquistas espaciais dos Estados Unidos. No esporte, Pelé, Serena Williams e Muhammad Ali não só conquistaram títulos, mas também lutaram contra o racismo e promoveram a justiça social.. Essas conquistas, entre muitas outras, são um poderoso lembrete do impacto profundo da cultura e do talento negro em todos os aspectos da vida.

Black Pantera: A representatividade em ação

Capa do quarto álbum da banda Black Pantera, ‘Perpétuo’ — Foto: Marcos Hermes com arte de Pedro Hansen

Nesse contexto de resiliência e inovação, a banda Black Pantera se destaca no cenário do rock brasileiro e mundial. Formada por Charles Gama, Chaene da Gama e Rodrigo “Pancho” Augusto, a banda simboliza a força da representatividade negra em um gênero historicamente dominado por brancos. Com letras que abordam questões sociais e raciais, o Black Pantera não faz apenas música; eles fazem uma declaração.

O que seria do mundo sem a cultura preta?” é uma pergunta retórica que nos lembra que a cultura negra não só influenciou, mas moldou o mundo em que vivemos. Desde as raízes do rock até os avanços em direitos civis, a cultura preta é o coração de muitas das maiores conquistas da humanidade.

Hoje, bandas como o Black Pantera continuam a carregar essa tocha, demonstrando não apenas que são uma banda de rock, mas também um símbolo de resistência e orgulho. Sua música, como “Perpétuo“, ecoa essa verdade. Com suas participações no Knotfest e no Rock In Rio deste ano, eles continuam a provar que a cultura preta é não apenas essencial, mas também vital e, acima de tudo, perpétua.

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By Tai Martins

Tai Martins, arquiteta, urbanista, cantora de karaoke e apaixonaaaaada pelo mundo da arte e do Rock! Atualmente é redatora do site Todo Dia Um Rock e responsável pelos vídeos e fotos nas coberturas de eventos.

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