Ygor Monroe 
Edu Curti mergulha em um novo capítulo da própria carreira com o lançamento do EP “Cantando Clássicos I”, projeto que apresenta releituras densas, eletrificadas e nostálgicas de músicas consagradas da cena nacional e internacional. São quatro faixas que atravessam o repertório popular, reconstruídas com o peso do rock, sintetizadores retrô e estética dos anos 1980, tudo guiado pela assinatura vocal e estética do artista paranaense.
O trabalho nasce da vontade de reinterpretar o que já é conhecido com total liberdade criativa. “Esse EP é um jeito de mostrar quem eu sou através de músicas que todo mundo já conhece”, afirma Edu. A proposta não é apenas homenagear, mas reinventar. As faixas passam por seu filtro pessoal e ganham novas texturas, dinâmicas e roupagens sem perder o impacto emocional.
O ponto de partida foi “Sympathy for the Devil”, dos Rolling Stones, que define o norte sonoro do projeto. Em vez do groove clássico, entra uma nova harmonia com modulações e outro ritmo. A interpretação vocal também muda, transportando a música para um território mais sombrio, com atmosfera épica.
Na parte nacional, “Puro Êxtase”, do Barão Vermelho, mantém parte da energia da original, mas incorpora camadas mais encorpadas. Já “Cheia de Charme”, de Guilherme Arantes, ganha um tratamento mais denso, com guitarras mais pesadas, vocais com drive e uma sonoridade que transforma a leveza em potência. O EP ainda inclui “Wuthering Heights”, de Kate Bush, conhecida no Brasil pela versão do Angra. Essa faixa é uma das mais pedidas nas redes de Edu, e ele entrega um arranjo que respeita a estrutura original, mas amplia a emoção com timbres atualizados.
A produção é assinada por Bruno Bulgaron, que também integra o time de músicos ao lado de Roberto Rezende, Ederson Gusmão e Tauan Sposito. O trabalho revela atenção aos detalhes, com arranjos minuciosos e personalidade em cada escolha.
O EP marca uma fase de intensa movimentação artística de Edu Curti, que também está à frente do espetáculo Rock Legends, apresentado em Maringá para mais de 750 pessoas. A performance contou com banda, orquestra, projeções visuais e 18 músicos no palco. O registro audiovisual desse show deve ser lançado em breve.
Mesmo com foco nas versões, Edu já antecipa o próximo passo: novas composições autorais estão a caminho, e “Cantando Clássicos I” funciona como um ponto de partida para o que vem. Releituras, sim, mas com personalidade suficiente para se tornarem, elas próprias, experiências inéditas.
Ouça o EP completo no Spotify: Cantando Clássicos I
Assista aos clipes no YouTube e mergulhe nas novas camadas dos clássicos.
