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Quando o assunto é metal extremo no Brasil, o nome Krisiun soa como um grito de guerra. Se você curte um som pesado, bruto e sem frescura, já deve ter ouvido falar dessa lenda do death metal, que começou lá em 1990, no Rio Grande do Sul. A banda foi formada pelos irmãos Alex Camargo (baixo e vocal), Moyses Kolesne (guitarra) e Max Kolesne (bateria), três caras que cresceram em meio ao caos, à violência e à miséria, e resolveram transformar tudo isso em música. E não foi qualquer música. Eles trouxeram uma pegada única, com riffs cortantes e uma velocidade que botaria muito baterista por aí pra correr. Krisiun nunca foi só sobre tocar pesado, eles são a personificação da fúria, e essa intensidade continua viva até hoje.

Death metal no sangue e na alma o legado imbatível do Krisiun | Foto: Reprodução

Na cena do metal mundial, Krisiun é respeitada como uma das bandas mais brutais que já existiu. Em um país onde o death metal era praticamente uma incógnita, os caras levantaram a bandeira da música extrema e cravaram o nome na história. Não foi fácil, mas foi justamente essa dificuldade que moldou o som dos caras. Eles não tiveram apoio de gravadoras gigantes ou promoções luxuosas. O caminho foi no braço, no suor e na porrada. Cada turnê pelo underground, cada disco gravado com sangue e alma, foi pavimentando o caminho da banda no cenário global.

Com o lançamento do primeiro álbum, Black Force Domain (1995), eles mostraram ao mundo do que eram capazes. Se você já ouviu esse disco, sabe que é como ser atropelado por um trem. O som é visceral, um verdadeiro ataque sonoro que misturava influências de Slayer, Morbid Angel e outros monstros do metal, mas com aquela assinatura própria de brutalidade sul-americana. A cada disco lançado, eles foram refinando o som, sem perder a pegada violenta que os tornou uma referência. Apocalyptic Revelation (1998) e Conquerors of Armageddon (2000) são marcos do death metal, álbuns que soam tão frescos hoje quanto no dia em que foram lançados.

E não pense que Krisiun se acomodou em algum momento. Os álbuns seguintes, como Works of Carnage (2003), Southern Storm (2008) e Scourge of the Enthroned (2018), continuaram expandindo os limites do gênero. Eles são como um tanque de guerra em movimento – imparáveis, massacrantes, e cada lançamento é um lembrete de que o death metal, nas mãos certas, ainda pode soar fresco, poderoso e, acima de tudo, real. Eles nunca se renderam às tendências ou modas passageiras; Krisiun é uma banda de verdade, formada por músicos que vivem e respiram o metal.

Os shows ao vivo são outra história à parte. Quem já viu o Krisiun no palco sabe do que estou falando. A banda não poupa energias e entrega uma performance feroz. Eles têm aquela conexão quase primitiva com o público, uma troca de energia brutal que não deixa ninguém parado. Não é à toa que já tocaram ao lado de nomes como Cannibal Corpse, Napalm Death e Behemoth, em palcos do mundo todo. Não importa se é em um festival gigantesco ou em um club suado, eles sempre deixam tudo em cima do palco.

E se falarmos de momentos históricos, Krisiun tem uma lista longa. Desde tours insanas pela Europa e EUA até a conquista de espaços importantes no Brasil, como o Rock in Rio e o Wacken Open Air, eles carregam no currículo feitos que muitas bandas apenas sonham. E tudo isso sem perder o pé no underground. Eles mantêm uma relação próxima com os fãs, e é isso que faz a diferença. Krisiun nunca virou as costas para suas raízes, e essa autenticidade é o que os mantém relevantes.

Agora, em 2024, eles seguem quebrando barreiras e estarão no line-up do Knotfest Brasil, festival que é idealizado pelo Slipknot.

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