São Paulo estava prestes a encarar algo que poucos estavam preparados para viver. Quando o Babymetal subiu no palco da Audio, a cidade, já acostumada a receber shows de grandes proporções, foi sugada por uma força que parecia vir de outro mundo. O show também contou com a banda Seven Hours After Violet, que mandou muito bem como abertura, com uma pegada firme e um som que deixou a galera pronta para o que estava por vir.
Na segunda-feira, 21 de outubro, a Audio se transformou em um campo de batalha. Ingressos esgotados, uma fila que serpenteava pela Barra Funda e uma plateia que mal conseguia conter a ansiedade. Logo na intro, ficou claro que o que estava por vir não era um show tradicional. A multidão foi engolida pela energia avassaladora, com cada riff, cada grito, se infiltrando nas veias dos presentes como uma injeção direta de adrenalina.
Quando o som de “PA PA YA!!” explodiu, as paredes vibraram. Sério, dava para sentir o chão se mexendo, e não era metáfora. O público, que vinha de todas as partes do Brasil, reagiu como se estivesse esperando por esse momento a vida inteira. De um lado, fãs old school que acompanham o trio desde os primeiros vídeos virais; do outro, novos adeptos, mergulhando de cabeça na energia de um dos shows mais insanos de 2024.
Em meio ao caos, Babymetal entregou uma montanha-russa emocional. O setlist incluiu clássicos como “Gimme Chocolate!!”, mas foi em “MEGITSUNE” que a coisa realmente ficou séria. Naquele momento, algo maior do que apenas música tomou conta. Era como se, de repente, a audiência inteira tivesse se fundido em um grito primal, liberando uma energia que estava ali, presa, esperando para ser libertada.
Esse show não foi só sobre a música. Foi sobre a conexão inabalável que Babymetal tem com seus fãs, e isso ficou claro em cada segundo da apresentação. Ao longo de hits como “BxMxC” e a insana colaboração com Electric Callboy, o público se jogou de cabeça. Mosh pits se abriram, balões luminosos preenchiam o ar, e por um breve momento, São Paulo parecia o epicentro do metal mundial. A sensação de fazer parte de algo maior – uma comunidade que vive e respira essa energia – estava em cada olhar, em cada batida.
Babymetal foi além de qualquer expectativa de show. Eles romperam a barreira do palco, transformando a apresentação em uma experiência realmente diferente, quase como um ritual em que música, energia e emoção se fundiram de forma inescapável. Estar lá, no meio daquela multidão, com os pés firmes no chão vibrante, foi como ser puxado para dentro de uma realidade paralela, onde o heavy metal e a cultura pop japonesa se uniam em um ritual de pura intensidade.